quarta-feira, 22 de julho de 2009

Dialetos (ou "sotaques")do português brasileiro

A fala popular brasileira apresenta uma relativa unidade, maior ainda do que a da portuguesa o que surpreende em se tratando de um país tão grande. A comparação das variedades dialetais do português brasileiro com as do português europeu leva à conclusão de que aquelas representam em conjunto um sincretismo destas, já que quase todos os traços regionais ou do português padrão europeu que não aparecem na língua culta brasileira são encontrados em algum dialeto do Brasil.
Há pouca precisão na divisão dialetal brasileira. Alguns dialetos, como o dialeto caipira, já foram estudados, estabelecidos e reconhecidos por lingüistas tais como Amadeu Amaral. Contudo, há poucos estudos a respeito da maioria dos demais dialetos, e atualmente aceita-se a classificação proposta pelo filólogo Antenor Nascentes. Em entrevista ao jornal da UNICAMP[2], o lingüista Ataliba de Castilho diz que o padrão do português paulista espalhou-se pelo Brasil. "Se você olhar mapas que retratem os movimentos das bandeiras, das entradas e dos tropeiros, verá que os paulistas tomaram várias direções, para Minas e Goiás, para o Mato Grosso, para os estados do sul. Tudo isso integrava a Capitania de São Paulo. Na direção do Vale do Paraíba, eles levaram o português paulista até Macaé, no estado do Rio de Janeiro. Era paulista a língua que se falava no Rio de Janeiro. Isso mudou em 1806, quando a população do Rio era de 14 mil habitantes e D. João VI chegou com sua Corte, cerca de 16 mil portugueses. E não eram portugueses quaisquer. Eram portugueses da Corte. Seu prestígio fez com que imediatamente a língua local fosse alterada. E os cariocas começaram a chiar, como os portugueses de então. O português paulista do século XVI precisa ser estudado, porque ele foi levado para quase todo o país, com exceção do Nordeste e do Norte". A primeira célula do português brasileiro surgiu em Minas Gerais com a exploração de pedras preciosas bandeirantes paulistas, escravos, índios e europeus, criaram um jeito de pronunciar que se espalhou pelo país através do comércio e outras formas...
1. Caipira - parte do interior do estado de São Paulo e de Goiás, parte do norte do Paraná, parte do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais e Triângulo Mineiro
2. Cearense - Ceará
3. Baiano - região da Bahia
4. Carioca - Rio de Janeiro (Capital)
5. Fluminense - Estado do Rio de Janeiro (a cidade do Rio de Janeiro tem um falar próprio)
6. Gaúcho - Rio Grande do Sul (a cidade de Porto Alegre possui um jeito de falar próprio)
7. Mineiro - Minas Gerais (a cidade de Belo Horizonte possui um jeito de falar próprio)
8. Nordestino - Estados do nordeste brasileiro (alguns estados como Ceará, Pernambuco e Piauí possuem diferenças lingüísticas entre a capital e o interior).
9. Nortista - estados da bacia do Amazonas, O estado de Tocantins tem um falar próprio,semelhante ao nordestino.
10. Paranaense - Paraná., também é falado em algumas cidades de Santa Catarina e São Paulo que fazem divisa com o Paraná.
11. Paulistano - cidade de São Paulo
12. Sertanejo - Estados de Goiás e Mato Grosso,apesar de o dialeto ter evoluído por causa da imigração forte em Mato Grosso, apenas Goiás permaneceu com esse dialeto.
13. Sulista - Estados do Paraná e Santa Catarina (a cidade de Curitiba tem um falar próprio, há ainda um pequeno dialeto no litoral catarinense, próximo ao açoriano), o oeste e serra catarinense sofre influência do gaúcho, o norte catarinense e o vale do itajaí falem um dialeto com influências alemãs e o sul catarinense(mais precisamente em Criciúma) possui um falar bem parecido com o Italiano chegando a ser quase incompreendível em algumas regiões.
14. "Manezinho da Ilha" - Cidade de Florianópolis (próximo ao açoriano)
15. "Brasiliense" - Cidade de Brasília a cidade desenvolveu uma maneira própria de falar, graças as várias ondas de migração.
• Obs: Algumas cidades do interior do estado de São Paulo tem um modo próprio de falar, exemplificando algumas cidades como Campinas e algumas da RMC, como Americana, Paulínia e Hortolândia, um modo diferente de se falar, diferentemente do Caipira que é bem intenso no município de Piracicaba, e do Paulistano, mais falado na região da cidade de São Paulo.

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